Desglobalização no radar
O Brasil pode tirar certo proveito do processo de desglobalização, já se beneficiado um pouco das alterações que se deram até então.
“A guerra da Ucrânia, que é um grande produtor de alimentos, com a Rússia, destaque em fertilizantes em combustíveis, foi positiva para Brasil por ter deslocado a demanda externa para cá, principalmente a por alimentos”
O Brasil ganhou parte do mercado internacional, as exportações da commodity, até julho deste ano, já batiam 2,51 milhões de toneladas, mais do que a 1,29 milhão de tonelada exportada em todo o ano passado.
“O Brasil se beneficia por ser um exportador líquido de commodities. Nós temos saldo positivo. Somos líderes na produção de várias e em outras estamos os cinco maiores produtores”, complementa Tatiana. “Além disso, nossa pauta de exportação é muito diversificada. Outros países têm suas exportações muito concentradas. Você olha a Argentina, é soja. O Chile, metais”
A economista pontua que o Brasil, até 2022, teve 18% das suas exportações pautadas em soja. Minério vem atrás, com 12%. Óleos e combustíveis, com 9%. Nesses cinco produtos temos 50% da pauta. “Temos mais 50%, que entra algodão, café, açúcar, frango e por ai vai”
“No processo de regionalização, faz sentido o Brasil se beneficiar. Ele está em uma posição privilegiada, conseguindo atender tanto aos Estados Unidos quanto à Europa, e oferece. E nossa mão de obra está barata. O custo do trabalho, por aqui, também está competitivo”, defende a especialista da Galápagos.